China, um império que cresce num ritmo próprio.

 

Não é novidade que há 70 anos a China é governada por uma ditadura comunista e que nas últimas décadas esse país se tornou a maior oficina do mundo. A combinação de governo centralizado, economia de guerra, mão de obra abundante, disciplinada, qualificada e forte execução de planejamento estratégico e intenso investimento estrangeiro transformaram a China numa potência industrial, ultrapassando os Estados Unidos em 2010. Dentre as medidas que facilitaram esse crescimento industrial, destacam-se as Zonas Econômicas Especiais que foram criadas na década de 80, onde surgiram os polos industriais, tecnológicos e urbanos mais desenvolvidos, no litoral da China. Graças aos maciços e constantes investimentos estrangeiros associados ao Estado Chinês através de joint venture produziram elevadas taxas de crescimento econômico ao longo de várias décadas. Ao ocupar a posição de maior exportador de produtos manufaturados do mundo, surgiram empresas estatais poderosíssimas as quais controlam mais de 50% da economia do país e o banco central chinês assumiu o controle da maior reserva internacional do mundo. A globalização se intensificou nas últimas décadas e o ritmo da economia chinesa começou a ser o termômetro da economia mundial. Com quase 1,5 bilhão de pessoas e rápido crescimento do mercado interno esse país além de continuar recebendo investimentos estrangeiros, também se transformou no maior investidor do mundo, especialmente no setor de energia. Por todos esses aspectos a China adquiriu o status de potência econômica mundial e atualmente rivaliza com os Estados Unidos.

            Há 10 anos, a China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo. A relação entre os dois países vem se aprimorando com o passar do tempo: em 2018, a soma das importações e exportações entre os dois países alcançou um recorde inédito na América Latina — US$ 98,9 bilhões, ou quase R$ 400 bilhões, sinalizando um ápice na relação bilateral. Os chineses estão investindo pesado no Brasil, seja como pessoa física e jurídica, adquirindo terras, empresas e investindo em vários setores do agronegócio, infraestrutura e serviços. O Brasil é um parceiro estratégico aos chineses por ter tudo que eles estão precisando a curto e longo prazo, como gigantescas reservas de minérios, petróleo, terras, água e carência de investimentos, principalmente em infraestrutura.

            As estatais chinesas estão fazendo grandes aquisições importantes no mundo desenvolvido a exemplo da compra da Pirelli (Itália), Syngenta (Suíça), Nexen (Canadá), Addax Petroleum (Suíça), boa parte do Citibank, Morgan Stanley e General Eletric (EUA), etc. Como vemos o governo chinês se tornou um dos novos donos do mundo. A tendência é o aumento do estreitamento comercial das empresas brasileiras, do governo federal com as autoridades chinesas.

 

 

CHINA SUPERA EUA COMO MAIOR POTÊNCIA INDUSTRIAL.

A China destronou os Estados Unidos e se tornou em 2010 a maior potência manufatureira do planeta, segundo um estudo do centro de pesquisas econômicas IHS Global Insight.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/china-supera-eua-como-maior-potencia-industrial/

 

CHINESES SÃO MAIORES INVESTIDORES NO BRASIL COMO PESSOAS FÍSICAS.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou em relatório que os chineses continuam como principais investidores pessoas físicas no Brasil, em investimentos do tipo pessoa jurídica.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/chineses-sao-maiores-investidores-no-brasil-como-pessoas-fisicas/

 

SOJA: VEJA TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A PRODUÇÃO NO BRASIL.

Para entender a importância deste mercado para o Brasil, dos 90 milhões de toneladas comprados em 2018 pela China, quase 70 milhões saíram do Brasil. Isso significa que 69% de toda a soja exportada pelo Brasil em um ano vai para o país asiático.

Disponível em: https://www.canalrural.com.br/agronegocio/soja/26/04/2019

 

UM ANO APÓS RECLAMAR QUE CHINA 'COMPRARIA O BRASIL', BOLSONARO QUER VENDER ESTATAIS E COMMODITIES EM VISITA A XI JINPING.

O cliente é um velho conhecido. Há 10 anos, a China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo. A relação entre os dois países vem se aprimorando com o passar do tempo: em 2018, a soma das importações e exportações entre os dois países alcançou um recorde inédito na América Latina — US$ 98,9 bilhões, ou quase R$ 400 bilhões, sinalizando um ápice na relação bilateral.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50161509 23/10/2019

 

COM US$ 8,5 BILHÕES EM 2017, CHINA AUMENTA PARTICIPAÇÃO EM FUSÕES E AQUISIÇÕES NO BRASIL. Entre 2009 e 2016, a fatia de investimentos chineses nunca superou 4% do volume investido em fusões e aquisições no Brasil. Mas, neste ano, 35% do valor gasto por estrangeiros em aquisições no Brasil veio dos chineses.

Disponível em: https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/com-us-85-bilhoes-em-2017-china-aumenta-participacao-em-fusoes-e-aquisicoes-no-brasil.ghtml 28/09/2017

 

BRASIL ASSINA 35 ACORDOS COM A CHINA EM VISITA DO PREMIÊ LI KEQIANG.

Entre as áreas que serão beneficiadas com os acordos anunciados nesta terça, estão planejamento estratégico, infraestrutura, transporte, agricultura e energia.

Também haverá cooperação entre os países nas áreas de mineração, ciência e tecnologia e comércio.

O Brasil tem a China como principal parceiro comercial. Em 2014, as exportações para o país asiático somaram US$ 40,6 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 37,3 bilhões, resultando em um fluxo comercial de US$ 77,9 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre janeiro e abril deste ano, o comércio entre Brasil e China acumulou US$ 21,7 bilhões.

Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/05/brasil-assina-35-acordos-com-china-em-visita-do-premie-li-keqiang.html 19/05/2015.

 

AS DEZ MAIORES FUSÕES OU AQUISIÇÕES DA CHINA NO EXTERIOR.

– A China National Chemical Corporation (ChemChina) oferece 43 bilhões de dólares pela Syngenta. O grupo suíço indicou que seu conselho administrativo havia aceitado a proposta.

 

– A petroleira estatal CNOOC adquire em 2013 o controle do grupo energético canadense Nexen por 15,2 bilhões de dólares.

 

– O produtor de alumínio Chinalco entra como sócio minoritário da anglo-australiana Rio Tinto, com um investimento de 14,3 bilhões de dólares.

 

– Em dezembro de 2015, o fundo público China Cinda Asset Management anuncia a compra do Nanyang Commercial Bank, um estabelecimento financeiro de Hong Kong, por 8,8 bilhões de dólares.

 

– Em 2015, a fabricante italiano de pneus Pirelli é comprada pela ChemChina, por 7,9 bilhões de dólares.

 

– O gigante da energia Sinopec adquire em 2009 o controle da companhia suíça de exploração petrolífera Addax Petroleum, por 7,3 bilhões de dólares.

 

– Em 2010, Sinopec adquire 40% das operações no Brasil do grupo petrolífero espanhol Repsol, por 7,1 bilhões de dólares.

 

– Um consórcio chinês liderado pela estatal China Minmetals Corp compra em 2014 da Glencore Xstrata a mina Las Bambas, no Peru, por 7 bilhões de dólares.

 

– Em 2007, o fundo soberano China Investment Corp adquire 9,9% do capital do banco americano de investimentos Morgan Stanley por 5,6 bilhões de dólares.

 

– O Industrial & Commercial Bank of China (ICBC), primeiro banco da potência asiática, adquire em 2007 20% do sul-africano Standard Bank, por 5,5 bilhões de dólares.

 

– O conglomerado americano General Electric (GE) anuncia, em janeiro de 2016, a venta de seu setor de eletrodomésticos ao grupo chinês Haier, por 5,4 bilhões de dólares.

 

NB: O grupo agroalimentar chinês WH Group (ex-Shuanghui), casa matriz de um dos maiores produtores de carne suína na China, adquire em 2013 por 4,7 bilhões de dólares o grupo Smithfield, o maior fabricante americano de ‘hot dogs’ e principal acionista das marcas Justin Bridou e Aoste. Se levado em conta o montante de suas dívidas, a operação chega a 7,1 bilhões de dólares.

Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/as-dez-maiores-fusoes-ou-aquisicoes-da-china-no-exterior/ 03/02/2016

 

O APETITE CHINÊS POR TERRAS NO BRASIL.

É fato notório que a China precisa ter acesso a mais alimentos. Dos 7,7 bilhões de habitantes do mundo, a China é responsável por alimentar, sozinha, 1,43 bilhão dessas bocas. Não bastasse isso, o crescimento da renda da população chinesa e a abertura econômica do país causaram um aumento substancial na demanda por proteínas animais e outros alimentos de ampla produção em países ocidentais.

Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/negocios-da-china/o-apetite-chines-por-terras-no-brasil/ 17/10/2019

 

A CHINA CONQUISTA O BRASIL.

Os investimentos chineses por aqui já chegam a R$ 100 bilhões. Das commodities à tecnologia, o gigante asiático está fincando suas garras na indústria nacional, como parte de um objetivo maior: ditar as regras da globalização.

Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/china-conquista-o-brasil/ 04/08/2017.

 

QUAIS SÃO OS NEGÓCIOS DOMINADOS PELA CHINA EM OUTROS PAÍSES?

Os Estados Unidos têm sido o maior destino do dinheiro chinês, em valores médios, na última década, em grande parte, pela explosão de investimentos desde 2012.

É por isso que o investimento em energia ofusca os demais setores: desde 2005, são cerca de US$ 400 bilhões (R$ 1,2 trilhão) destinados a prover necessidades energéticas a seus 1,4 bilhão de habitantes.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150421_investimentos_china_lgb 26/04/2015

 

POR QUE A CHINA ESTÁ INVESTINDO NO BRASIL?

De acordo com monitoramento realizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), entre 2007 e 2016, empresas chinesas anunciaram um montante de investimentos no país na ordem de 80 bilhões de dólares, dos quais 46 bilhões de dólares foram de fato postos em prática. Os setores envolvidos são inúmeros, passando pela exploração de recursos naturais, indústrias diversas, agronegócio, tecnologia, finanças e, mais recentemente, a área de geração e transmissão de energia.

Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/12/06/opinion/1512516006_115426.html 03/12/2017.

 

CHINA COLOCA US$ 100 BILHÕES À DISPOSIÇÃO DO GOVERNO BOLSONARO APÓS ENCONTRO DOS BRICS.

SÃO PAULO – A China colocou US$ 100 bilhões de fundos estatais à disposição do governo brasileiro para investimentos que deverão financiar principalmente projetos de infraestrutura. Pequim também deverá expandir o crédito para competir no Brasil por clientes do agronegócio e da indústria, segundo informações veiculadas na imprensa nesta sexta-feira (15).

 

Essas medidas foram tomadas após a XI Cúpula de Líderes do Brics (sigla em inglês que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que terminou, nesta quinta-feira (14), em Brasília (DF).

Disponível em: https://www.infomoney.com.br/politica/china-coloca-us-100-bilhoes-a-disposicao-do-governo-bolsonaro-apos-encontro-dos-brics/ 15/11/2019.

 

QUEM É A CHEMCHINA, A NOVA DONA DA PIRELLI.

Companhia estatal chinesa comprou controle da empresa italiana por 7,1 bilhões de euros.

Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/quem-e-a-chemchina-a-nova-dona-da-pirelli/ 07/07/2015

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